terça-feira, 11 de junho de 2013

Teorias de Aprendizagem



Existem duas escolas principais de pensamento acerca do processo de aprendizagem:uma consiste nas teorias behavioristas,e a outra nas teorias cognitivas.Os teóricos cognitivos vêe a aprendizagem como  uma função de processos puramente mentais,enquanto os teóricos behavioritas concentram-se quase que exclusivamente em comportamentos observáveis.

A aprendizagem do consumidor pode ser considerada um processo pelo qual os indíviduos   adquirem o conhecimento e a experiência de compra e consumo,a aprendizagem do consumidor é um processo  ou seja ela evolui continuamente e muda em função de conhecimento adquiridos ou em função da  experiência vividas.  


    Os elementos presentes em quase todas as teorias da aprendizagem são:

    Motivação: É importante pois baseia-se em necessidades e em objetivos

    Sinais: São os estímulos que dão direção a esses motivos

    Resposta: A maneira como os indivíduos reagem a uma força ou sinal como eles se comportam constitui as suas respostas.Aprendizagem pode ocorrer mesmo quando as resposta não sejam manifestas.
    
    Reforço: Aumenta a probabilidade de que uma resposta específica  irá ocorrer no futuro como resultado de sinais específicos ou estímulos.

1 – Teoria Comportamental

PAVLOV













Para Pavlov a aprendizagem é uma resposta a estímulos condicionais. Sua aquisição se dá pelo "condicionamento respondente” que modifica  o comportamento natural do indivíduo. Em conseqüência da fraca retenção, que depende de re-acoplar estímulos, a transferência não é significativa. É o famoso exame do DETRAN para revalidar a carteira de motorista.

SKINNER













A aprendizagem decorre de uma ação primeira do sujeito que será reforçada. A retenção, ou seja, a própria aprendizagem, é também fraca, pois depende da manutenção dos reforços sobre as respostas que vão acontecendo. O “sujeito aprendiz” tem pouca participação e não necessita de motivação própria. Assim
como a teoria de Pavlov, o método de Skinner é indicado para aprendizagens menos complexas que podem ser realizadas por meio do reforço.

BANDURA













O efeito “vicariante” é a tônica em sua teoria. Segundo ela, o reforço recebido por um sujeito, pode ter um efeito sobre os demais que passarão a imitá-lo com o objetivo de também receberem o mesmo reforço. Este tipo de aprendizagem acontece em grupos homogêneos, quando um participante reforçado, serve de exemplo modelar para todos os outros. Excelente método para incentivar aulas de ginástica quando alguns colegas vêem o resultado no “corpinho esculpido de outros”. Pode ser aplicado em milhões de situações também.




Aprendizagem

No homem, pouco ou nenhum comportamento institivo é herdado. O aspecto básico para a hereditariedade humana, tanto espécie quanto para o indivíduo, é a existência de algumas capacidades para a aprendizagem. O desenvolvimento destas capacidades é que forma o indivíduo.
Segundo Clifforf T. Morgan [MOR 77] "a aprendizagem é qualquer mudança relativamente permanente no comportamento, e que resulta de experiência ou de prática".

A aprendizagem é uma iteração entre o estímulo e a resposta, variáveis que são tão difíceis de estudar e quase impossível para isolar inúmeras configurações e princípios significativos.
Existem algumas situações que acarretam modificações significativas do comportamento, mas que não podem ser consideradas aprendizagem. Pode-se citar como exemplo alterações nas condições bioquímicas (fadiga ou hipertireoidismo) ou deterioração orgânica temporária ou permanente (perna quebrada ou amputada).
A aprendizagem se difunde pela vida do homem em todos os seus aspectos: aprendizagem motora, aprendizagem cognitiva e aprendizagem emocional. Geralmente as respostas são rotuladas de acordo com a característica predominante da situação de aprendizagem e dos seus resultados, porém, na verdade, nenhuma se verifica separadamente das outras.
Clifforf T. Morgan [MOR 77] apresenta dois tipos básicos de aprendizagem: condicionamento clássico e condicionamento operante. As principais diferenças destes condicionamentos são apresentadas na tabela abaixo.
Condicionamento Clássico
Condicionamento Operante
Estímulo
Acontecimento específico (exemplo: som de um tom)
Situação duradoura com vários aspectos. Apenas um destes aspectos é significativo para a aprendizagem.
Resposta
Específica
Inicialmente movimentos diferentes e casuais na situação estimuladora.
Relação reforço X resposta
O reforço é sempre apresentado depois da situação condicionante, dependendo da resposta apresentada.
Reforço depende da resposta, sendo aplicado somente quando a resposta é correta.

Estes condicionamentos não apresentam todas as situações possíveis em que a aprendizagem tem sido investigada, mas representam os propósitos fundamentais da investigação experimental até os dias atuais.

Capacidade para Aprender
Em pesquisas realizadas, foram determinados alguns fatores que ajudam ou prejudicam a aprendizagem [MOR 77]:
  • aprendiz
  • métodos de aprendizagem
  • tipo de material utilizado para a aprendizagem
Aprendiz
A capacidade de aprender depende de alguns aspectos do indivíduo:
  • nível de inteligência;
  • idade: a inteligência efetiva permanece praticamente constante durante toda a vida, depois de ter atingido seu ponto máximo por volta dos vinte anos. Testes mostraram que a aprendizagem de material novo é menor depois dos 50 anos. Outros mostraram que a capacidade de utilizar o que foi aprendido diminui pouco com o avanço da idade;
  • estímulo e ansiedade: para aprender o indivíduo precisa estar estimulado, porém não de forma excessiva, pois excesso de estímulo pode impedir a aprendizagem. Ansiedade é outra característica importante. Excesso de ansiosidade pode perturbar a aprendizagem;
  • transferência de aprendizagem anterior: as aprendizagens novas se fundamentam nas anteriores. Esta transferência de aprendizagem pode ser uma ajuda ( transferência positiva) ou obstáculo (transferência negativa).
Estratégias de Aprendizagem
Os pontos principais das estratégias de aprendizagem são:
  • prática maciça X prática espaçada: o estudo maciço não se mostra um bom método para uma boa e permanente apreendizagem. Para muitas tarefas, o melhor resultado é obtido com o estudo regularmente espeçado - pequenos períodos de estudo, com intervalos de repouso;
  • feedback: a medida que o indivíduo conhece seu progresso, ele aprende mais rapidamente;
  • aprendizagem de todo e aprendizagem de parte: cada método possui suas vantagens e desvantagens. A aprendizagem em partes apresenta maiores vantagens quando as partes são facilmente separadas do todo. Este método exerce um incentivo maior ao indivíduo, pois fornece a impressão de realização ao dominar uma parte. Porém o método de partes apresenta desvantagens: necessidade de memorização adicional para ligar as partes que foram aprendidas separadamente e a existência de um risco de misturar as partes e colocá-las em ordem errada. Por outro lado, a aprendizagem de todo mostra vantagens quando o todo é suficientemente pequeno para ser dominado utilizando a aprendizagem espaçada;
  • programas de aprendizagem: programas de aprendizagem são formados por uma série de perguntas ou problemas que o indivíduo deve responder. Os programas devem registrar a resposta e fornecer um feedback. Os problemas devem ser apresentados em uma ordem pré-determinada para constituir uma boa sequência de aprendizagem. Todo o programa devem fornecer ao indivíduo uma progressão de acordo com a velocidade própria.
Material de Aprendizagem
As características que o material de aprendizagem deve possuir são:
  • distinção perceptiva: é mais fácil lembrar de informações, situações que são apresentadas de forma distinta as demais;
  • significado associativo: quanto mais significativo for o material, mais fácil de aprendê-lo. Existem três tipos básicos de significação (associativo, conceitual e hierárquico) que não são mutuamente exclusivos e podem ser associados para fornecer maior significado ao material;
  • semelhanças conceituais;
  • hierarquia conceitual: o material deve apresentar uma hierarquia de conceitos bem elaborada;
  • hierarquia associativa: nesta hierarquia os itens são associados mas não necessariamente numa hierarquia conceitual.